• Nesta quarta-feira, 15 de abril, às 17h, ocorre a segunda atividade da iniciativa Nupergs Working Papers, promovida pelo NUPERGS – Núcleo de Pesquisa e Documentação da Política Riograndense. O objetivo é mostrar e discutir trabalhos realizados pelos pesquisadores do Núcleo e que serão apresentados 12º Encontro da ABCP e no IV ISA Forum of Sociology. Além de contribuir para o debate acadêmico e a interação entre pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação.

    Durante o isolamento, os encontros acontecem através do Mconf UFRGS. Para participar, basta conectar-se em: https://mconf.ufrgs.br/spaces/nupergs-working-papers

    Confira a programação:

    André Marenco (UFRGS), Lidia Ten Cate (UFRGS) Municípios são todos iguais? Decisões sobre gasto, orçamento e políticas públicas em governos locais

    A interpretação predominante nos estudos sobre federalismo e relações intergovernamentais no Brasil tem priorizado sua dimensão vertical, sublinhando assimetrias entre os governos federal, estaduais e municipais. Dimensionando rubricas através da média de gastos entre governos municipais, a conclusão é de que estes disporiam de reduzida autonomia decisória sobre gastos. Adotando um recorte horizontal, este trabalho pretende demonstrar a existência de variações nas preferências orçamentárias encontradas entre os 5,5 mil governos municipais. O recorte temporal será de um ciclo governamental completo (2013-2016), onde serão analisadas as destinações de recursos para diferentes funções orçamentárias. Por fim, o trabalho testa diferentes variáveis explicativas para as diferenças encontradas: capacidade estatal, ideologia, fatores demográficos.

    Maria Alice da Rocha Piazza (UFRGS) Emendas parlamentares dos deputados federais do Rio Grande do Sul e a geografia do voto (2006 – 2017)

    O objetivo deste trabalho é analisar como são alocadas as emendas individuais pelos representantes gaúchos e relacioná-las com os partidos e padrões espaciais dos votos nas eleições para deputado federal do Rio Grande do Sul nos pleitos de 2006 a 2014. Constatou-se por meio desse estudo que deputados eleitos e suplentes não estão inseridos nos padrões de votação de maneira semelhante. Os primeiros, no decorrer dos pleitos, obtêm votos de modo mais disperso nos municípios do estado, ao passo que o segundo tende a concentrá-los em um menor número de localidades. Por sua vez, essas questões refletem no modo como as emendas parlamentares são concedidas pelos deputados: ao longo dos anos, grande parte das propostas foram direcionadas ao estado, muito embora não esteja tão claro como esses recursos são alocados.